Cometa Interestelar 3I/Atlas

Mundo

O cometa que veio de outro sistema solar e está deixando os cientistas de queixo caído

 

Cometa Interestelar 3I/Atlas. Tem um cometa passeando pelo espaço que está fazendo os astrônomos do mundo inteiro pararem tudo para observar. O nome dele é 3I/ATLAS, e acredite: ele não é da nossa vizinhança cósmica.

Isso mesmo que você leu. Esse visitante veio de outro sistema estelar, de bem longe mesmo. E cada detalhe dele está revelando coisas que a gente nunca tinha visto antes.

De onde ele veio afinal?

Vou te explicar de um jeito simples. A maioria dos cometas que conhecemos nasceu aqui no nosso Sistema Solar. Eles ficam dando voltas por aqui desde que tudo começou, há bilhões de anos.

Mas o 3I/ATLAS? Ele veio de fora. De outro sistema, orbitando outra estrela.

Cada grãozinho de poeira que ele carrega traz informações sobre um lugar completamente diferente do nosso cantinho no universo. É quase como receber uma carta de alguém que mora em outro país – só que nesse caso, estamos falando de outro sistema solar inteiro.

Quando os cientistas começaram a estudar ele, o comportamento era tão esquisito que alguns até levantaram a hipótese de ser uma nave alienígena. Juro! Mas aí ele chegou mais perto e deu para ver: tem cauda brilhante, tem gelo… todas as características clássicas de um cometa interstelar.

O que tem de tão especial nele?

Bom, primeiro: esse brilho intenso que ele solta. Não é qualquer brilhozinho fraquinho não. É uma luminosidade forte, diferente.

Os estudiosos acreditam que isso acontece por causa de gases super aquecidos que ele libera. Quando o Sol esquenta essas moléculas de carbono, elas começam a brilhar num tom azulado. Fica até bonito de ver, pelo que mostram as imagens.

E olha que interessante: ele foi descoberto só em julho deste ano, por um sistema de monitoramento chamado ATLAS, instalado no Chile. A trajetória dele mostra claramente que é só uma visita rápida. Ele vai passar por aqui e seguir viagem, sem voltar.

Dezembro vai marcar história

Agora vem a parte que eu acho mais incrível de toda essa história.

Em dezembro, vai acontecer algo inédito. A sonda Clipper – que está indo estudar Europa, uma das luas de Júpiter – vai cruzar bem pela cauda do 3I/ATLAS.

Sabe o que isso significa? Pela primeira vez vamos conseguir coletar pedacinhos de material de um objeto que veio de outro sistema estelar. Vamos literalmente pegar amostras de poeira cósmica vinda de outro canto da galáxia.

O momento em que ele vai estar mais próximo da Terra será dia 19 de dezembro. Só que “próximo” aqui significa uns 270 milhões de quilômetros de distância. Então pode ficar tranquilo, não tem risco nenhum para nós.

Mas isso afeta a gente como?

Você deve estar pensando: “Legal e tudo mais, mas o que isso muda na minha vida?”

Olha, pode parecer distante, mas tem impacto sim. Para detectar e acompanhar esse cometa, foi preciso usar telescópios espalhados pelo mundo todo. O famoso Hubble entrou na jogada, além de vários outros equipamentos menores trabalhando juntos.

Isso tudo movimenta o setor de tecnologia espacial. Gera desenvolvimento de equipamentos mais precisos, satélites melhores, softwares mais avançados.

Tem outro ponto curioso também. A composição dele é riquíssima: muito gás carbônico e até metais que são raros por aqui. Isso levanta uma discussão que parece ficção científica, mas não é: será que no futuro a gente poderia aproveitar recursos desses objetos que passam por aqui?

A tecnologia precisa acompanhar

Descobertas como essa deixam claro que precisamos investir em observatórios cada vez mais potentes. Projetos novos, como o Observatório Vera C. Rubin, vão ser essenciais para identificar outros visitantes interestelares.

E não é só construir telescópio grande não. Tem toda a parte de processar a montanha de dados que esses equipamentos geram. Isso exige profissionais especializados, programas de computador sofisticados, investimento em pesquisa.

No fim das contas, essa corrida espacial acaba gerando empregos, avanços tecnológicos e conhecimento que eventualmente chega até nós de alguma forma.

Por que ele desafia tudo que sabíamos?

O 3I/ATLAS não segue o roteiro dos cometas comuns. Ele já estava ativo mesmo quando ainda estava bem distante do Sol, o que não costuma acontecer com os outros.

É como se ele trouxesse um manual próprio de funcionamento, escrito seguindo outras regras. Cada vez que os cientistas olham para ele, descobrem algo novo que não se encaixa no padrão esperado.

E sabe o que isso significa? Que ainda temos muito a aprender sobre como o universo funciona. Sobre como outros sistemas solares se formam. Sobre a diversidade de objetos que existem por aí, flutuando no espaço.

Uma oportunidade única

Visitas como essa não acontecem todo dia. Na verdade, até pouco tempo atrás, a gente nem tinha tecnologia para identificar esses objetos vindos de fora.

O primeiro cometa interestelar confirmado foi detectado só em 2017. Então estamos ainda engatinhando nesse campo de estudo. Cada novo visitante que conseguimos observar é uma chance rara de expandir nosso conhecimento.

É fascinante pensar que enquanto você está aí lendo isso, esse viajante cósmico está cruzando nosso pedaço do espaço. Ele veio de um lugar que talvez nunca consigamos visitar, carregando histórias escritas em sua composição química.

A ciência é isso: olhar para o inesperado com curiosidade e tentar entender. E o 3I/ATLAS está nos dando muitas respostas – e provocando ainda mais perguntas interessantes.

Quem sabe o que mais vamos descobrir até dezembro, quando a sonda passar pela cauda dele? Uma coisa é certa: os próximos meses prometem revelar informações que vão alimentar pesquisas por anos.


Fonte: infomoney

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *