Coinbase fatura quase 10 bilhões

Economia

Coinbase fatura quase 10 bilhões e deixa todo mundo de queixo caído

 

Coinbase fatura quase 10 bilhões. Sabe quando uma empresa divulga resultados e você pensa “caramba, não esperava isso”? Foi o que rolou com a Coinbase agora no final de outubro.

A plataforma anunciou que faturou US$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre de 2025. Convertendo para real, estamos falando de algo próximo de R$ 9,5 bilhões. Isso em apenas três meses.

O mais interessante é que todo mundo já estava animado com as previsões. Os especialistas de Wall Street apostavam em US$ 1,8 bilhão. Mas a empresa foi lá e superou essa marca com folga. Cresceu 58% em relação ao mesmo período do ano passado.

Lucro veio junto

Não foi só faturamento alto não. O lucro líquido fechou em US$ 433 milhões. Cada ação da empresa rendeu US$ 1,50 para quem investiu. A expectativa era de US$ 1,10.

Então dá para ver que não foi sorte. Os números vieram consistentes em todas as frentes.

O que impulsionou tudo isso?

Vou te explicar o cenário. Bitcoin e Ethereum bateram recordes históricos nos últimos meses. Quando as principais criptomoedas disparam, acontece aquele efeito dominó. Todo mundo quer entrar na jogada.

É tipo quando aparece uma promoção boa demais. A fila aumenta, o movimento cresce, e quem está vendendo lucra com o volume.

No caso da Coinbase, ela cobra taxas toda vez que alguém compra ou vende criptomoedas na plataforma. Com o mercado aquecido, essas taxas somaram US$ 1 bilhão só nesse trimestre. Três meses antes tinha sido US$ 764 milhões. Um ano atrás? Apenas US$ 573 milhões.

A diferença é gritante.

Esse dinheiro vem de dois lados. Tem pessoas físicas investindo suas economias. E tem empresas grandes mexendo com milhões diariamente. Os dois públicos contribuíram para esse crescimento.

Comprando Bitcoin para se proteger

Aqui tem uma estratégia esperta da empresa. Durante o trimestre, eles compraram 2.772 bitcoins para guardar como reserva própria.

Brian Armstrong, que comanda a companhia, confirmou a compra mas não deu muitos detalhes. A lógica é simples: manter uma boa quantidade de Bitcoin no caixa funciona como proteção contra as oscilações malucas do mercado.

Você já deve ter guardado um dinheiro para emergências, certo? A empresa faz o mesmo. Só que em vez de deixar parado, investe em Bitcoin pensando no longo prazo.

Outras fontes de receita entrando no jogo

Empresas espertas não dependem de uma fonte só de dinheiro. Imagina se a plataforma ganhasse apenas com taxas de transação. Quando o mercado esfria, as pessoas param de negociar e pronto, a receita despenca.

Por isso eles investiram em outras formas de ganhar. Uma delas são as stablecoins, aquelas moedas digitais que mantêm o valor próximo ao dólar. São bem menos voláteis que as criptomoedas tradicionais.

Com essas moedas estáveis, a receita chegou a US$ 355 milhões no trimestre. Comparado com o ano passado, subiu 43%. Boa parte vem dos juros da USDC, que é uma dessas stablecoins. Além disso, US$ 185 milhões vieram de recompensas e do tal do staking.

Staking é quando você deixa suas moedas “trabalhando” para ajudar a manter a rede funcionando. Em troca, você recebe um retorno. Funciona meio que como um investimento que rende.

A rede Base chamando atenção

Em 2023, a empresa lançou uma rede própria chamada Base. Ela foi criada para funcionar sobre o Ethereum, deixando as transações mais rápidas e baratas.

Pensa nela como um atalho inteligente. Em vez de todo mundo usar a mesma estrada congestionada, você abre uma via alternativa que flui melhor.

E olha, a Base está se destacando. Entre todas as redes semelhantes que existem, ela é líder no uso de stablecoins. Tem mais de US$ 4,6 bilhões circulando por ali.

Inclusive, saiu um relatório do JPMorgan dizendo que se criarem um token específico para a Base, ele poderia alcançar um valor de US$ 12 bilhões. Mas isso ainda está no campo das ideias. Nada confirmado até agora.

Pedido para virar banco oficial

Agora vem uma jogada que pode mudar o jogo completamente. A empresa entrou com pedido para conseguir uma licença de banco nacional nos Estados Unidos.

E por que isso importa tanto? Porque com essa licença, ela ganha acesso a benefícios que hoje não tem. Pode oferecer mais serviços, competir diretamente com bancos tradicionais e crescer de formas que atualmente são limitadas.

É como subir de categoria na competição. Muda tudo.

A companhia também está de olho em ativos tokenizados. Basicamente, seria transformar coisas do mundo físico como imóveis ou ações em versões digitais na blockchain. Mas ainda não revelaram quais ativos pretendem trabalhar nem quando isso vai acontecer.

Ações reagiram positivamente

Logo depois dos números serem divulgados, as ações subiram 2% no mercado. Chegaram a US$ 341. No acumulado do ano, a alta já está em 33%. O topo foi em julho, quando bateram US$ 444.

Para quem apostou na empresa, são números animadores. Mostra que a decisão de investir estava no caminho certo.

O que isso significa para nós aqui?

Mesmo estando no Brasil, com nossa economia e regras próprias, dá para tirar algumas lições. Quando uma gigante do setor apresenta crescimento robusto, geralmente reflete um movimento global maior no mercado de criptomoedas.

Aqui temos nossas plataformas brasileiras, nossa regulação específica e nossos desafios particulares. Mas o que acontece lá fora acaba influenciando de alguma forma.

Se você tem interesse nesse mercado ou já investe, vale reforçar o básico portanto. Estude bastante antes de colocar dinheiro dessa forma. Entenda os riscos, que não são pequenos assim. Nunca invista o que você não pode perder sem apertar o cinto portanto.

O mercado de criptomoedas oscila bastante assim. Hoje pode estar tudo bem, amanhã pode dar aquele frio na barriga enfim. Faz parte da natureza desse mundo afinal.

Mas olhando para a Coinbase especificamente, dá para perceber que não é sorte. Tem estrutura por trás, planejamento e uma capacidade de se adaptar conforme o mercado muda. Contudo e isso faz toda diferença quando você pensa em longo prazo.


Importante lembrar: Este texto é apenas informativo e não deve ser entendido como conselho de investimento. O mercado de criptomoedas tem alta volatilidade e envolve riscos consideráveis. Faça sua própria análise e, se possível, busque orientação profissional antes de investir.

Fonte: coinmarketcap.com

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