Milei Quer Jornada de 12 Horas na Argentina

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Milei Quer Jornada de 12 Horas na Argentina: A Polêmica Reforma Que Tá Dividindo Opiniões

Milei Quer Jornada de 12 Horas na Argentina. Javier Milei tá mexendo no vespeiro de novo. Dessa vez, o alvo é a lei do trabalho da Argentina.

O presidente argentino anunciou que vai tocar uma reforma trabalhista grande por lá. E olha, tem uma mudança que tá fazendo todo mundo falar: a possibilidade de trabalhar até 12 horas por dia.

Doze horas. Você consegue imaginar?

Vem comigo que vou te explicar o que tá acontecendo do outro lado da fronteira e por que a gente deveria prestar atenção nisso.

A Vitória Que Deu Gás Pro Milei

Há pouco tempo, Milei ganhou as eleições legislativas de meio de mandato. Foi uma vitória boa que deu mais força política pra ele.

E sabe qual foi a primeira coisa que ele fez depois? Anunciou que vai acelerar essa reforma do trabalho antes mesmo de mexer nos impostos — que também tá na lista de pendências dele.

O projeto tem até nome bonito: Lei de Promoção do Investimento e do Emprego. Mas é o conteúdo que tá causando.

O Que Essa Reforma Propõe de Fato?

A proposta veio da deputada Romina Diez, do partido do Milei. Ela pegou ideias de um decreto que ele tinha tentado colocar em prática lá em 2023, mas que a Justiça barrou na época.

Agora, com mais apoio no Congresso, ele quer transformar isso em lei de verdade.

Vou te contar os pontos principais sem enrolar:

A jornada de trabalho poderia chegar nas 12 horas diárias. Hoje é de 8 horas, igual aqui no Brasil.

As férias poderiam ser divididas em pedaços menores — uma semana aqui, outra ali. Nada daquele mês seguido de descanso.

Empresas e trabalhadores poderiam combinar horários flexíveis sem precisar pagar hora extra.

Pequenas e médias empresas ganhariam o direito de parcelar em até 12 vezes as indenizações quando demitem alguém.

Parte do salário poderia voltar a ser paga em vale-alimentação ou cesta básica, em vez de dinheiro direto.

Quem abre microempresa e contrata funcionário novo ficaria um ano sem pagar encargos trabalhistas. As empresas pequenas e médias teriam descontos também.

E as negociações diretas entre patrão e empregado teriam mais peso do que os acordos gerais da categoria.

É muita coisa, né?

“Não É Perda de Direitos”, Garante Milei

Depois da eleição, Milei deu entrevista defendendo a reforma. Disse que ela “não significa perda de direitos” e que é necessária antes de simplificar os impostos — ele quer acabar com uns 20 tributos por lá.

O argumento do governo é direto: a reforma vai tirar da informalidade uns oito milhões de trabalhadores que hoje não têm carteira assinada, não têm nada. E ainda reduziria os custos das empresas, principalmente as menores.

Mas será que é tão simples quanto parece?

A Ideia É Formalizar Quem Tá Por Fora

A Argentina tem um problemão com trabalho informal. Tem muita gente trabalhando sem registro, sem direitos, sem proteção alguma.

O raciocínio do governo é que se ficar mais barato e fácil contratar, as empresas vão trazer esses milhões de trabalhadores pra legalidade.

Aí fica aquela questão complicada: é melhor ter alguns direitos reduzidos ou não ter direito nenhum? Tem gente que acha que sim, tem gente que acha um absurdo.

Só Que Aprovar Não Vai Ser Moleza

Mesmo com a vitória nas eleições, Milei ainda não tem maioria sozinho no Congresso.

O partido dele cresceu, sim. Mas pra aprovar essas mudanças todas, ele vai precisar fazer acordos com outros partidos. Principalmente os de centro e as forças regionais.

Somando com o PRO — que é o partido do ex-presidente Mauricio Macri — eles chegam em 104 cadeiras na Câmara dos Deputados. Só que pra passar projetos grandes assim, precisam de 129 votos.

Faltam 25 votos. E conseguir esses votos significa negociar, ceder em alguns pontos.

A questão é: Milei tá disposto a ceder?

Até os Aliados Estão Desconfiados

Tem gente do próprio lado do Milei que tá com um pé atrás. O deputado Santiago Pauli, que é libertário como o presidente, deixou claro que qualquer acordo tem que respeitar o superávit nas contas públicas que a Argentina conseguiu — o primeiro em mais de dez anos.

Já quem é contra não acredita que Milei vá flexibilizar nas coisas que ele considera fundamentais. Francisco Sánchez, que é ex-parlamentar e já trabalhou no governo, disse que é “improvável que ele abra mão da austeridade fiscal e da desregulamentação econômica”.

É aquele dilema: pra aprovar precisa negociar, mas negociar é ceder. E Milei não é conhecido por ser do tipo que cede fácil.

E o Brasil? A Gente Tem Algo a Ver Com Isso?

Você pode pensar: “beleza, mas isso é problema deles, não meu”.

Só que não é bem assim. A Argentina é nosso vizinho, parceiro comercial importante no Mercosul. O que acontece lá acaba respingando aqui de algum jeito.

Além disso, tem sempre gente olhando pra fora buscando ideias pra trazer pro Brasil. Então o que rola lá pode virar discussão aqui também.

E tem mais: se a economia argentina vai bem, pode ser bom pros nossos negócios. Se afunda, a gente sente o baque.

Trabalhar 12 Horas Por Dia: Isso Faz Sentido?

A pergunta que não quer calar é: será que trabalhar 12 horas por dia vai realmente ajudar alguém?

Tem estudo mostrando que jornadas muito longas deixam a pessoa menos produtiva, aumentam os acidentes de trabalho, prejudicam a saúde. Você já trabalhou 12 horas seguidas alguma vez? É de cansar só de pensar.

Por outro lado, o governo diz que seria tudo negociado, ninguém seria obrigado. Mas aí entra outra questão espinhosa: num país com tanto desemprego, o trabalhador realmente consegue negociar? Ou aceita qualquer condição com medo de perder a vaga?

São perguntas difíceis que não têm resposta fácil.

O Que Vem Pela Frente

Milei quer mandar os projetos pro Congresso ainda este ano. A ideia dele é fazer o que chamou de “mudança de paradigma” na economia argentina.

Se vai rolar ou não, só vendo. Depende de muita conversa, de fazer concessões, de convencer deputados e senadores de que essas mudanças vão valer a pena.

A reforma trabalhista é apenas uma peça de um quebra-cabeça maior que inclui mexer nos impostos e na administração pública contudo. Milei quer transformar a Argentina rapidamente assim. A questão é se o Congresso e o povo argentino vão embarcar nessa velocidade toda enfim.

Enquanto isso, a gente aqui do Brasil fica de olho. Porque o que acontece do outro lado da cerca sempre acaba afetando a gente de alguma forma, seja pra inspirar, seja pra servir de alerta.

No fim das contas, é uma experiência que vale acompanhar. Vai dar certo? Vai melhorar a vida das pessoas? Ou vai criar mais problemas? Só o tempo vai dizer.


Nota: Este artigo tem caráter informativo e apresenta diferentes pontos de vista sobre o tema. Não representa posicionamento político nem recomendação de qualquer tipo.

Fonte: infomoney

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